MEMORIAL
DO ALUNO ALAN MACHADO BORGES DO PERÍODO DA DISCIPLINA ANTROPOLOGIA
CULTURAL DO 3º PERÍODO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA – DO PÓLO DE SANTO ESTEVÃO
Alan Machado Borges:Graduando em História
Resumo:
O
presente resumo tem como objetivo descrever as experiências vivenciada
pelo cursista Alan Machado Borges, com a disciplina Antropologia
Cultural, do 3º período do curso de Licenciatura em história no Polo de Santo Estevão. Onde vivenciei
o que vem a ser a Antropologia, as correntes teóricas: universalismo e
relativismo, etnocentrismo e o que é cultura, concluo que a relevância
do conhecimento adquirido com a disciplina para a vida acadêmica ao
longo do curso.
Palavras chave: Antropologia, relativismo, etnocentrismo e cultura.
1. INTRODUÇÃO
A
antropologia Cultural é a disciplina, que teve como professor formador
Dante Augusto Galeffi, veio situá-la enquanto campo do conhecimento das
culturas produzidas pelo homem em tempos e espaços diferenciados, nos
fazendo conhecer a própria história da antropologia enquanto ciência,
suas correntes teóricas, com destaque para o universalismo/etnocentrismo
e o relativismo cultural, aprofundando o entendimento dos diversos
conceitos de cultura e algumas das técnicas da antropologia, vivenciando
uma entrevista com alguém de suma importância para a cultura de nossa
localidade. A qual escolhemos O professor, poeta e escritor José Rocha
por ter registrado em livros a história do município de Ipecaetá que se
emancipou de Santo Estevão no dia 19 de julho de 1962.
2. ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS
Segundo
GALEFFI, (2012 p.7) Antropologia Cultura é o estudo da cultura humana,
seu meio de percepção dos fenômenos próprios ao ser humano. Sua
existência remota à Grécia no pensamento dos filósofos pré-socráticos,
nos períodos da história romana, no entanto enquanto ciência
propriamente dita ela surge no século XIX, considera-se que foi
Blonislaw Malinowski, quem estabeleceu uma das principais bases
epistemológicas para o desenvolvimento acadêmico da Antropologia
Cultural.
O
Universalismo ou Etnocentrismo para (GALEFFI, 2012), “é um conceito
antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou
grupo de pessoas faz de um grupo social diferente do seu, sendo uma
avaliação preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista
específico, do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade
de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.”
BLACH
nos diz que a corrente relativista defende a especificidade e a
validade de qualquer sociedade e sua cultura própria levando a negação
de juízos de valor e comparações alegando que estas são apenas reflexões
de preconceitos baseados na auto-imagem de um povo diante de seu
opositor-legitimador, sendo Franz Boas o autor e fundador desta
concepção teórica, ele afirma:“... civilização não é algo absoluto,
mas,(...) é relativa, e, nossas ideias e concepções são verdadeiras
apenas na medida de nossa civilização.”(BOAS, 1887).Isso torna-se mais
conflitante quando partimos para a conceituação de cultura, para isso
Laraia resalta a importância de Edward Tylor que reformulará estas
concepções de maneira sem precedentes para a Antropologia, segundo o
autor a reconstrução constante do conceito de cultura será o cerne de
toda a discussão teórica sobre Antropologia, Galeffi nos mostras diferente
autores com suas distintas conceituações, Para Edward B Tylor,”Cultura é
aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a
moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões
adquiridos pelo homem como membro da sociedade”,Herkovits formulou a
mais breve conceituação:“a parte do ambiente feita pelo homem” e ainda
Clifford Geertz, propõe que cultura “deve ser vista como um conjunto de
mecanismos de controle – planos, receitas, regras, instituições – para
governar o comportamento”.
Dentre
várias técnicas para o trabalho antropológico e seus diversos métodos,
destacamos a entrevista que é uma técnica importantíssima em qualquer
ciência social, sendo feita de perguntas que devem ser feitas de modo
adequado, seguindo o sentido do pesquisador em realizar a entrevista,
como nos mostra (Galeffi, 2012) no material impresso da
disciplina Antropologia Cultural, seguindo este pensamento é que nos
propusemos a entrevista o escritor José Rocha, que registrou em livros a
história do município de Ipecaetá e conforme autorização do mesmo
apresentamos para a nossa turma do curso de Licenciatura em história da
Universidade do Estado da Bahia, no Polo em Santo Estevão.
2. RECONSTRUINDO AS EXPERIÊNCIAS
Começo
contando a minha experiência com a disciplina Antropologia Cultural
relatando um pouco do que digitei no diário da mesma, no dia 08/11/2012
às 11h27min hs registrei, a primeira impressão que tive ao vê a imagem
das chamas no ambiente da disciplina causou-me uma sensação abstrata,
pensei:O que isto significa, é algo abstrato, pensei, quando li um pouco
sobre o professor formador, sua história e o próprio conceito de
Antropologia, conclui que é algo extremamente filosófico, posso sentir
como essa sensação de novo, de inquietude, de indagação é terrivelmente
estranha, a primeira reação é de fuga, medo e de pavor, o quê mim
consola é que são apenas prazos, isso é aliviante, pois preciso de tempo
para mim acostumar, notei que enquanto o fórum da disciplina História
indígena esta repleto de postagens, nesse apenas eu lanço um tímido
questionamento.
Pois
bem notei que antropologia cultural é o estudo da cultura do homem,
dentro da antropologia a corrente universalista e relativista analisadas
juntamente com a cultura nos fazem vê o quão complexo é o assunto, pois
o universalismo/etnocentrismo é o estudo da cultura do outro a partir
de meu modo de ser, julgado que os outros modos são inferiores, é uma
visão que produz preconceito, por outro lato o relativismo que é
bastante difundido nos meios acadêmicos, é o ato de olhar o outro sem
sentimento de valores, de certo ou errado, é o aceitar o outro tal como
ele é dentro de sua cultura. Notei que até mesmo o conceito de cultura é
diferenciado de acordo com cada autor como citado no referencial
teórico.
Dentre
as técnicas e métodos da antropologia, devido ao curto período de tempo
nos focamos na entrevista e como exercício pratico antropológico,
vivenciamos o produzir uma entrevista, onde escolhemos o escritor José
Rocha que registrou em livros a história do município de Ipecaetá, na
qual ele nos falou de todo o processo de sua pesquisa que resultou em
dois volumes do livro Terra dos Ipecas, entregamos um questionário para
ele e foi maravilhoso observar ele respondendo cada pergunta e tecendo
comentários, ele assinou a declaração nos concedendo permissão para
divulgarmos e publicarmos o conteúdo da entrevista e as fotos que
tiramos dele, com ele e dos livros dele.Apresentamos para a turma em
forma de slides em PowerPoint.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje
concordo com GALEFFI quando diz: “A Cultura Humana é para a
Antropologia Cultural o que os olhos são para a visão: seu meio de
percepção dos fenômenos próprios ao ser humano.”N esse período que
cursei essa disciplina pude amadurecer o meu “olhar antropológico”
embora eu não seja um antropólogo, quando pude saber que o
universalismo/etnocentrismo é o ato de julgar o outro a partir de meus
valores inferiorizando o mesmo, que o relativismo cultural é o ato de vê
o outro tal como ele é inserido dentro de sua sociedade sem expressar
qualquer tipo de juízo de valor e dentro das técnicas e métodos
utilizados pela antropologia tive um contado direto com a entrevista,
experiência que mim marcou profunda e positivamente nessa jornada no
meio acadêmico.
REFERÊNCIAS
GALEFFI, Dante. Augusto.Antropologia Cultural,2012. P. 144.
BLACH, Matheus. O Conceito de Cultura e as Escolas de Pensamento Antropológico, 2011. p5
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Textos selecionados, apresentação e tradução. Celso Castro. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2006.
LARAIA, Roque de Barros.Cultura:um conceito antropológico.Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2005.
LAPLATINE, François. Aprender Antropologia.22ª Ed.São Paulo:Brasiliense, 2010.