segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Resenha - Trabalho para a Uneb





Planejamento e avaliação na escola:articulação e necessária determinação ideológica.
                                                                                                                     Alan Machado Borges
          Nota-se no texto que o autor destaca a intenção da ação do ser humano no meio ambiente para modificá-lo, essa ação se dá de modo micro e passa geralmente despercebida, porém as de modo macro são facilmente notadas; ambas afetam o mundo social.
         Vê-se no texto que o ato de planejar é algo intencional, não neutro e ideologicamente comprometido, no entanto a prática do planejamento na educação tem sido conduzida de modo neutro e sem comprometimento, para se conhecer essa realidade basta observar como os livros de Didática ensinam e como se dá essa prática na escola.
         O planejamento tem sido mostrado no texto, no tocante ao ambiente escolar como um preenchimento de formulários; porém o planejamento precisa cuidar das finalidades político-social da ação.
        O autor relata diversas definições relacionadas ao planejamento, citadas do livro:Planejamento do Ensino e Avaliação, de Clódia Maria; para demonstrar que a atividade de planejar é neutra, porém não deveria ser.
       Para a construção do futuro não basta estarmos atentos aos meios educativos, precisamos estar atentos aos fins é fundamental que a prática de planejar ganhe a dimensão de uma decisão política, científica e técnica.
       Observa-se que o ato de planejar dever ser algo no qual o individual e o coletivo atuem juntos ao mesmo tempo, para isso o autor conta com a avaliação constante do projeto pois através da mesma pode se notar, se necessário for, as modificações e todo o andamento da execução do planejamento e são fundamentais.
       Esse texto é relevante não só para os acadêmicos, porém para todos que conhecem a importância da educação e se preocupam no tocante ao andamento das escolas e na forma de atuação dos educadores.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:
LUCKESI, Cipriano Carlos,Planejamento e Avaliação na Escola:articulação e necessária determinação ideológica.p.115 a 125.

Produção de texto- Trabalho para a Uneb




O JESUS HISTÓRICO

Sabe-se que os ensinamentos de Jesus Cristo têm influenciado na formação religiosa do ocidente, porém é preciso separar o Cristo da fé do Jesus histórico, na busca pelo Jesus histórico, usa-se a crítica histórica; a razão de tal busca é tornar esse personagem um “patrimônio da humanidade”.
Nota-se a variedade de religiões existentes no ocidente, no entanto as de maior expressividade são as que se fundamentam nos ensinamentos de Jesus, com destaque para uma vida religiosa que demonstre amor à Deus e ao próximo.
Faz-se relevante demonstrar que o Cristo da fé não é o Jesus histórico, embora num primeiro olhar seja ambos a mesma pessoa. O primeiro tem sua biografia registrada nos quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João; apresentado como o messias e Filho de Deus. O segundo é o homem de Nazaré, sua infância, o que ele fez que não conste nos escritos da fé cristã primitiva.
Para conhecer o Jesus histórico, os estudiosos utilizam a crítica histórica, que é um dos recursos desenvolvidos pela historiografia através dos séculos.
Entende-se que o interesse em conhecer a vida do Jesus histórico se explica, sobretudo pelo desejo de fazer dele um patrimônio da humanidade, acessível para todos, sem ter de passar pelo canal da comunidade cristã.
Conclui-se que o resultado de se conhecer a vida do Jesus histórico, suas histórias, os movimentos religiosos de seu tempo ou das primeiras comunidades cristãs, são de múltiplas “aplicações”, porém, com isso não se vai descobrir um Jesus em estado puro e acessível a todos.

Resumo - Trabalho para a Uneb



DO MITO À RAZÃO UMA POSSIBILIDADE DE LEITURA

Ricardo Gonçalves nos mostra que Jean-Pierre Vernant, um renomado helenista da atualidade, nos presenteou com um ótimo resultado de suas pesquisas concernentes aos antecedentes históricos do surgimento da filosofia no ocidente.
A partir das investigações de Jean Burnet e F.M. Cornford, fez-se em “Do mito à razão” uma relevante análise dos fatores que proporcionaram o surgimento da filosofia ocidental na Grécia no século VI antes de nossa era.
Vernant nos encaminha para três propostas, sobre o que fez com que na Grécia e no século VI a.C. tivesse surgido a filosofia?A filosofia se constitui como a tentativa de uma explicação totalmente positiva, deixando de lado os aspectos místicos e míticos da observação da natureza. A segunda seria o surgimento do filosofo desvendando o mistério do mundo, que se mantém misterioso somente enquanto a razão não encontra satisfatórias explicações para o mistério. Terceira, que a filosofia nasce da necessidade de o homem expressar suas angústias.
Numa exploração mais profunda do texto de Vernant, destaca-se: 1) O esquema mitológico aplicado à Filosofia durante muitos séculos vem confiando plenamente na ciência, imaginando que ela tinha o poder de responder a todas as perguntas instigadas pela natureza ou pela sociedade, porém com o Renascimento o homem entrou em processo de recuperação da sua autonomia.
Cornford discorda que tenha ávido um “advento imaculado da Razão” no seio do povo grego, os primeiros filósofos tinham a mesma preocupação que os mitógrafos (escritores de mito) ou mitólogos (estudiosos do mito). Nietzsche defende que Tales com suas comparações desejaria dizer que “tudo é um”.
Entre a mitologia e a filosofia nascente há um quadro de similaridades, defendia-se que tudo teria surgido a partir da mistura dos quatros elementos: fogo, água, terra e ar, sendo movidos pela amizade e pelo ódio. Podemos perceber que o cotidiano com a formulação dos jônios, os quais o transcreveram para uma linguagem mais próxima da vida, despojou-se do mistério que o mito fazia questões de conservar. Agora cabe à razão desvendar os mistérios da natureza, pois o constitutivo do universo tornou-se acessível à inteligibilidade. O homem continua crendo nos deuses, porém acreditando também na própria racionalidade.
Vê-se um conflito entre a filosofia dos jônios e a dos eleatas. Segundo Vernant que segue outros autores, os povos orientais mais antigos do que o povo grego nunca conseguiram libertar-se do mito.  2) Os ancestrais do filosofo é descendente daqueles homens divinos, desde épocas remotas, dentre os tais os que mais relação mantém com o filosofo, são o adivinho, o poeta e o sábio.Dentre as diferenças do filosofo para tais homens, destaca-se que o filosofo se em transe induzido o mesmo tem absoluto controle. 3) Do mundo da prática à linguagem da Razão.Vê-se que o conceito de lei é substituído pela isonomia uma igualdade de todos perante à lei visando a coletividade.
Após Parmênides, a filosofia acaba por reconhecer a possibilidade de conciliação entre o pensamento e o mundo natural, sendo preciso descrever os limites dessas esferas, destacando o ponto em que sua compatibilidade é admissível.
Talvez, para Conford e Vernant, o mais importante seja que entendamos que a racionalidade ocidental não se constituiu com base na experiência; porém teve seu começo nela, abandonando-a e galgando um monte desconhecido para a época. Vale salientar que a natureza é diferente do homem, desprovida da razão, por isso é que Vernant nos diz: ”Não se descobre a razão na natureza: ela está imanente na linguagem”.
REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA:
GONÇALVÉS, Ricardo. Do mito à razão: uma possibilidade de leitura. In: Integração-Ensino-Pesquisa-Extensão. São Paulo: Universidade São Judas Tadeu. Ano III (11), 1997, PP 1-7.

Memorial - Trabalho para a Uneb



MEMORIAL DO ALUNO ALAN MACHADO BORGES DO PERÍODO DA DISCIPLINA ANTROPOLOGIA CULTURAL DO 3º PERÍODO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA  – DO PÓLO DE SANTO ESTEVÃO
Alan Machado Borges:Graduando em História

Resumo:
O presente resumo tem como objetivo descrever as experiências vivenciada pelo cursista Alan Machado Borges, com a disciplina Antropologia Cultural, do 3º período do curso de Licenciatura em história   no Polo de Santo Estevão. Onde vivenciei o que vem a ser a Antropologia, as correntes teóricas: universalismo e relativismo, etnocentrismo e o que é cultura, concluo que a relevância do conhecimento adquirido com a disciplina para a vida acadêmica ao longo do curso.
Palavras chave: Antropologia, relativismo, etnocentrismo e cultura.
1. INTRODUÇÃO
A antropologia Cultural é a disciplina, que teve como professor formador Dante Augusto Galeffi, veio situá-la enquanto campo do conhecimento das culturas produzidas pelo homem em tempos e espaços diferenciados, nos fazendo conhecer a própria história da antropologia enquanto ciência, suas correntes teóricas, com destaque para o universalismo/etnocentrismo e o relativismo cultural, aprofundando o entendimento dos diversos conceitos de cultura e algumas das técnicas da antropologia, vivenciando uma entrevista com alguém de suma importância para a cultura de nossa localidade. A qual escolhemos O professor, poeta e escritor José Rocha por ter registrado em livros a história do município de Ipecaetá que se emancipou de Santo Estevão no dia 19 de julho de 1962.
2. ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS
Segundo GALEFFI, (2012 p.7) Antropologia Cultura é o estudo da cultura humana, seu meio de percepção dos fenômenos próprios ao ser humano. Sua existência remota à Grécia no pensamento dos filósofos pré-socráticos, nos períodos da história romana, no entanto enquanto ciência propriamente dita ela surge no século XIX, considera-se que foi Blonislaw Malinowski, quem estabeleceu uma das principais bases epistemológicas para o desenvolvimento acadêmico da Antropologia Cultural.
O Universalismo ou Etnocentrismo para (GALEFFI, 2012), “é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de pessoas faz de um grupo social diferente do seu, sendo uma avaliação preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico, do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.”
BLACH nos diz que a corrente relativista defende a especificidade e a validade de qualquer sociedade e sua cultura própria levando a negação de juízos de valor e comparações alegando que estas são apenas reflexões de preconceitos baseados na auto-imagem de um povo diante de seu opositor-legitimador, sendo Franz Boas o autor e fundador desta concepção teórica, ele afirma:“... civilização não é algo absoluto, mas,(...) é relativa, e, nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização.”(BOAS, 1887).Isso torna-se mais conflitante quando partimos para a conceituação de cultura, para isso Laraia resalta a importância de Edward Tylor que reformulará estas concepções de maneira sem precedentes para a Antropologia, segundo o autor a reconstrução constante do conceito de cultura será o cerne de toda a discussão teórica sobre Antropologia, Galeffi nos mostras diferente autores com suas distintas conceituações, Para Edward B Tylor,”Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”,Herkovits formulou a mais breve conceituação:“a parte do ambiente feita pelo homem” e ainda Clifford Geertz, propõe que cultura “deve ser vista como um conjunto de mecanismos de controle – planos, receitas, regras, instituições – para governar o comportamento”.
Dentre várias técnicas para o trabalho antropológico e seus diversos métodos, destacamos a entrevista que é uma técnica importantíssima em qualquer ciência social, sendo feita de perguntas que devem ser feitas de modo adequado, seguindo o sentido do pesquisador em realizar a entrevista, como nos mostra (Galeffi, 2012) no material impresso da disciplina Antropologia Cultural, seguindo este pensamento é que nos propusemos a entrevista o escritor José Rocha, que registrou em livros a história do município de Ipecaetá e conforme autorização do mesmo apresentamos para a nossa turma do curso de Licenciatura em história da Universidade do Estado da Bahia, no Polo em Santo Estevão.
2. RECONSTRUINDO AS EXPERIÊNCIAS
Começo contando a minha experiência com a disciplina Antropologia Cultural relatando um pouco do que digitei no diário da mesma, no dia 08/11/2012 às 11h27min hs registrei, a primeira impressão que tive ao vê a imagem das chamas no ambiente da disciplina causou-me uma sensação abstrata, pensei:O que isto significa, é algo abstrato, pensei, quando li um pouco sobre o professor formador, sua história e o próprio conceito de Antropologia, conclui que é algo extremamente filosófico, posso sentir como essa sensação de novo, de inquietude, de indagação é terrivelmente estranha, a primeira reação é de fuga, medo e de pavor, o quê mim consola é que são apenas prazos, isso é aliviante, pois preciso de tempo para mim acostumar, notei que enquanto o fórum da disciplina História indígena esta repleto de postagens, nesse apenas eu lanço um tímido questionamento.
Pois bem notei que antropologia cultural é o estudo da cultura do homem, dentro da antropologia a corrente universalista e relativista analisadas juntamente com a cultura nos fazem vê o quão complexo é o assunto, pois o universalismo/etnocentrismo é o estudo da cultura do outro a partir de meu modo de ser, julgado que os outros modos são inferiores, é uma visão que produz preconceito, por outro lato o relativismo que é bastante difundido nos meios acadêmicos, é o ato de olhar o outro sem sentimento de valores, de certo ou errado, é o aceitar o outro tal como ele é dentro de sua cultura. Notei que até mesmo o conceito de cultura é diferenciado de acordo com cada autor como citado no referencial teórico.
Dentre as técnicas e métodos da antropologia, devido ao curto período de tempo nos focamos na entrevista e como exercício pratico antropológico, vivenciamos o produzir uma entrevista, onde escolhemos o escritor José Rocha que registrou em livros a história do município de Ipecaetá, na qual ele nos falou de todo o processo de sua pesquisa que resultou em dois volumes do livro Terra dos Ipecas, entregamos um questionário para ele e foi maravilhoso observar ele respondendo cada pergunta e tecendo comentários, ele assinou a declaração nos concedendo permissão para divulgarmos e publicarmos o conteúdo da entrevista e as fotos que tiramos dele, com ele e dos livros dele.Apresentamos para a turma em forma de slides em PowerPoint.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje concordo com GALEFFI quando diz: “A Cultura Humana é para a Antropologia Cultural o que os olhos são para a visão: seu meio de percepção dos fenômenos próprios ao ser humano.”N esse período que cursei essa disciplina pude amadurecer o meu “olhar antropológico” embora eu não seja um antropólogo, quando pude saber que o universalismo/etnocentrismo é o ato de julgar o outro a partir de meus valores inferiorizando o mesmo, que o relativismo cultural é o ato de vê o outro tal como ele é inserido dentro de sua sociedade sem expressar qualquer tipo de juízo de valor e dentro das técnicas e métodos utilizados pela antropologia tive um contado direto com a entrevista, experiência que mim marcou profunda e positivamente nessa jornada no meio acadêmico.
REFERÊNCIAS
GALEFFI, Dante. Augusto.Antropologia Cultural,2012. P. 144.
BLACH, Matheus. O Conceito de Cultura e as Escolas de Pensamento Antropológico, 2011. p5
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Textos selecionados, apresentação e tradução. Celso Castro. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2006.
LARAIA, Roque de Barros.Cultura:um conceito antropológico.Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2005.
LAPLATINE, François. Aprender Antropologia.22ª Ed.São Paulo:Brasiliense, 2010.