segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Memorial - Trabalho para a Uneb



MEMORIAL DO ALUNO ALAN MACHADO BORGES DO PERÍODO DA DISCIPLINA ANTROPOLOGIA CULTURAL DO 3º PERÍODO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA  – DO PÓLO DE SANTO ESTEVÃO
Alan Machado Borges:Graduando em História

Resumo:
O presente resumo tem como objetivo descrever as experiências vivenciada pelo cursista Alan Machado Borges, com a disciplina Antropologia Cultural, do 3º período do curso de Licenciatura em história   no Polo de Santo Estevão. Onde vivenciei o que vem a ser a Antropologia, as correntes teóricas: universalismo e relativismo, etnocentrismo e o que é cultura, concluo que a relevância do conhecimento adquirido com a disciplina para a vida acadêmica ao longo do curso.
Palavras chave: Antropologia, relativismo, etnocentrismo e cultura.
1. INTRODUÇÃO
A antropologia Cultural é a disciplina, que teve como professor formador Dante Augusto Galeffi, veio situá-la enquanto campo do conhecimento das culturas produzidas pelo homem em tempos e espaços diferenciados, nos fazendo conhecer a própria história da antropologia enquanto ciência, suas correntes teóricas, com destaque para o universalismo/etnocentrismo e o relativismo cultural, aprofundando o entendimento dos diversos conceitos de cultura e algumas das técnicas da antropologia, vivenciando uma entrevista com alguém de suma importância para a cultura de nossa localidade. A qual escolhemos O professor, poeta e escritor José Rocha por ter registrado em livros a história do município de Ipecaetá que se emancipou de Santo Estevão no dia 19 de julho de 1962.
2. ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS
Segundo GALEFFI, (2012 p.7) Antropologia Cultura é o estudo da cultura humana, seu meio de percepção dos fenômenos próprios ao ser humano. Sua existência remota à Grécia no pensamento dos filósofos pré-socráticos, nos períodos da história romana, no entanto enquanto ciência propriamente dita ela surge no século XIX, considera-se que foi Blonislaw Malinowski, quem estabeleceu uma das principais bases epistemológicas para o desenvolvimento acadêmico da Antropologia Cultural.
O Universalismo ou Etnocentrismo para (GALEFFI, 2012), “é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de pessoas faz de um grupo social diferente do seu, sendo uma avaliação preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico, do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.”
BLACH nos diz que a corrente relativista defende a especificidade e a validade de qualquer sociedade e sua cultura própria levando a negação de juízos de valor e comparações alegando que estas são apenas reflexões de preconceitos baseados na auto-imagem de um povo diante de seu opositor-legitimador, sendo Franz Boas o autor e fundador desta concepção teórica, ele afirma:“... civilização não é algo absoluto, mas,(...) é relativa, e, nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização.”(BOAS, 1887).Isso torna-se mais conflitante quando partimos para a conceituação de cultura, para isso Laraia resalta a importância de Edward Tylor que reformulará estas concepções de maneira sem precedentes para a Antropologia, segundo o autor a reconstrução constante do conceito de cultura será o cerne de toda a discussão teórica sobre Antropologia, Galeffi nos mostras diferente autores com suas distintas conceituações, Para Edward B Tylor,”Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”,Herkovits formulou a mais breve conceituação:“a parte do ambiente feita pelo homem” e ainda Clifford Geertz, propõe que cultura “deve ser vista como um conjunto de mecanismos de controle – planos, receitas, regras, instituições – para governar o comportamento”.
Dentre várias técnicas para o trabalho antropológico e seus diversos métodos, destacamos a entrevista que é uma técnica importantíssima em qualquer ciência social, sendo feita de perguntas que devem ser feitas de modo adequado, seguindo o sentido do pesquisador em realizar a entrevista, como nos mostra (Galeffi, 2012) no material impresso da disciplina Antropologia Cultural, seguindo este pensamento é que nos propusemos a entrevista o escritor José Rocha, que registrou em livros a história do município de Ipecaetá e conforme autorização do mesmo apresentamos para a nossa turma do curso de Licenciatura em história da Universidade do Estado da Bahia, no Polo em Santo Estevão.
2. RECONSTRUINDO AS EXPERIÊNCIAS
Começo contando a minha experiência com a disciplina Antropologia Cultural relatando um pouco do que digitei no diário da mesma, no dia 08/11/2012 às 11h27min hs registrei, a primeira impressão que tive ao vê a imagem das chamas no ambiente da disciplina causou-me uma sensação abstrata, pensei:O que isto significa, é algo abstrato, pensei, quando li um pouco sobre o professor formador, sua história e o próprio conceito de Antropologia, conclui que é algo extremamente filosófico, posso sentir como essa sensação de novo, de inquietude, de indagação é terrivelmente estranha, a primeira reação é de fuga, medo e de pavor, o quê mim consola é que são apenas prazos, isso é aliviante, pois preciso de tempo para mim acostumar, notei que enquanto o fórum da disciplina História indígena esta repleto de postagens, nesse apenas eu lanço um tímido questionamento.
Pois bem notei que antropologia cultural é o estudo da cultura do homem, dentro da antropologia a corrente universalista e relativista analisadas juntamente com a cultura nos fazem vê o quão complexo é o assunto, pois o universalismo/etnocentrismo é o estudo da cultura do outro a partir de meu modo de ser, julgado que os outros modos são inferiores, é uma visão que produz preconceito, por outro lato o relativismo que é bastante difundido nos meios acadêmicos, é o ato de olhar o outro sem sentimento de valores, de certo ou errado, é o aceitar o outro tal como ele é dentro de sua cultura. Notei que até mesmo o conceito de cultura é diferenciado de acordo com cada autor como citado no referencial teórico.
Dentre as técnicas e métodos da antropologia, devido ao curto período de tempo nos focamos na entrevista e como exercício pratico antropológico, vivenciamos o produzir uma entrevista, onde escolhemos o escritor José Rocha que registrou em livros a história do município de Ipecaetá, na qual ele nos falou de todo o processo de sua pesquisa que resultou em dois volumes do livro Terra dos Ipecas, entregamos um questionário para ele e foi maravilhoso observar ele respondendo cada pergunta e tecendo comentários, ele assinou a declaração nos concedendo permissão para divulgarmos e publicarmos o conteúdo da entrevista e as fotos que tiramos dele, com ele e dos livros dele.Apresentamos para a turma em forma de slides em PowerPoint.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje concordo com GALEFFI quando diz: “A Cultura Humana é para a Antropologia Cultural o que os olhos são para a visão: seu meio de percepção dos fenômenos próprios ao ser humano.”N esse período que cursei essa disciplina pude amadurecer o meu “olhar antropológico” embora eu não seja um antropólogo, quando pude saber que o universalismo/etnocentrismo é o ato de julgar o outro a partir de meus valores inferiorizando o mesmo, que o relativismo cultural é o ato de vê o outro tal como ele é inserido dentro de sua sociedade sem expressar qualquer tipo de juízo de valor e dentro das técnicas e métodos utilizados pela antropologia tive um contado direto com a entrevista, experiência que mim marcou profunda e positivamente nessa jornada no meio acadêmico.
REFERÊNCIAS
GALEFFI, Dante. Augusto.Antropologia Cultural,2012. P. 144.
BLACH, Matheus. O Conceito de Cultura e as Escolas de Pensamento Antropológico, 2011. p5
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Textos selecionados, apresentação e tradução. Celso Castro. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2006.
LARAIA, Roque de Barros.Cultura:um conceito antropológico.Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2005.
LAPLATINE, François. Aprender Antropologia.22ª Ed.São Paulo:Brasiliense, 2010.



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