CONQUISTA
E COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA ESPANHOLA.
Alan Machado Borges
RESUMO:
Este trabalho descreve a conquista colonização exploração,
a sociedade e a hierarquia social da sociedade espanhola na América.
Palavras-chave: conquista exploração e sociedade.
Cursista do curso de Licenciatura em História –
Universidade Estadual da Bahia – UNEB
5º semestre. E-mail: alanmachado1@yahoo.com.br
1.
INTRODUÇÃO
A conquista espanhola na América inicia-se com a viagem
de Cristovão Colombo em 1492, porém intensificou em 1519; existiram as colônias
onde se extraiam minerais nos atuais territórios de México e Peru, nas demais
áreas existia a agricultura e pecuária. Havia toda uma estrutura para gerir os
negócios da Espanha na América, outro fator de destaque foi a hierarquia dentro
desta sociedade.
2.
DESENVOLVIMENTO
Financiado pelos reis católicos, em agosto de 1492 com
três caravelas Colombo parte do porto de Palos com o propósito de alcançar os
domínios orientais do Grande Can, no entanto como já conhecemos que ao atingir
terra firme o almirante pensa ter chegado às índias e passa a chamar
erroneamente os seus habitantes de índios. A segunda expedição de Colombo rumo
a América contou com 17 navios e de 1.200 a 1.500 homens. Colombo acaba
voltando para a Espanha e sendo destituído de seu posto de vice-rei devido ao
baixo envio de ouro para os reis católicos, a máquina administrativa passa a
ser controlada em Servilha por Rodríguez de Fonseca e seu grupo. Logo procedeu
ao desenvolvimento do sistema de encomienda, adaptando esta instituição
hispânica à realidade insular e às pressões dos muitos espanhóis em busca de enriquecimento.
Comunidades nativas foram repartidas e obrigadas a trabalhar. Na região dos
atuais México e Peru, localizavam-se as principais colônias mineradoras da
América espanhola. Nas demais áreas, destacou-se a agricultura (atuais Chile,
Cuba e Colômbia, por exemplo) e a pecuária (atual Argentina). Para viabilizar a
produção, os espanhóis utilizavam mão de obra indígena e em menor número a de
africanos escravizados.
Para o uso da mão de obra indígena valeu-se de inúmeras
estratégias, uma das quais era a mita. Tratava-se de uma instituição existente
no continente, sobretudo entre os incas e, que acabou adaptada pelos espanhóis
nas regiões mineradoras da America do Sul.
Grande contingente de pessoas era, assim, deslocado de
seu lugar de origem para as áreas de exploração da prata, onde trabalhavam para
uma pessoa que detinha o direito de explorar a área. A administração colonial
era responsável por distribuir esses trabalhadores.
As autoridades determinavam um prazo para o cumprimento
da mita e estabeleciam um pagamento – irrisório - pelos trabalhos prestados. O
serviço realizado em condição duras e sob ordens de um capataz (o pongo), era
responsável por imensas mortalidades.
No atual México, o sistema de exploração mais utilizado
foi a encomienda, por meio da qual o indígena era submetido á servidão nos
campos e nas minas de ouro. Um intermediário- o encomendero – captura os
nativos e os distribuía entre os colonizadores. A servidão justificava-se como
forma de pagamento para a proteção e ensino da religião cristã.
Entre os astecas, os povos subjugados já eram obrigados a
prestar serviços ao soberano ou aos seus representantes. Com a conquista
espanhola, porém, essa organização acabou assumindo novas dimensões e colaborou
para destruir a ordem política local.
Por meio do trabalho forçado e sob as ordens dos colonos,
os povos conquistados construíram cidades. Igrejas, estradas, portos; extraíram
ouro; produziram gêneros agrícolas, em grande parte para atender uma demanda
externa.
Para administrar e garantir o controle dos territórios
dominados, o governo espanhol implantou uma estrutura cujo órgão central era o
consedação de tributos cabia ás Casas de Contratação. Para levar as mercadorias
para a metrópoles eram realizados comboios marítimos, inclusive no caso de
metais preciosos.
Por questão de segurança, para dificultar a ação de
piratas, funcionava o sistema de porto único. As transações comerciais
concentravam-se assim em um único porto espanhol (a princípio em Sevilha e,
mais tarde, em Cárdiz) e em determinados lugares da colônia: Vera Cruz (no
atual México), Portobelo (no atual Panamá) e Cartagena (na atual Colômbia).
Os descendentes dos conquistadores espanhóis nascidos nas
colônias, os chamados criolos, tornaram-se proprietários de terras, quando não
grandes comerciantes. Detinha o poder local por meio dos cabilos ou ayuntamientos,
órgãos equivalentes ás câmaras municipais na America portuguesa.
Os filhos de espanhóis com indígenas, chamados mestiços,
exerciam muitas vezes funções intermediarias, como as de capatazes ou
administradores de minas e fazendas. Muitos se tornaram artesãos urbanos. Os
escravos de origem africana, concentrados nas Antilhas e em Nova Granada, e os
povos indígenas compunham a parte mais frágil dessa sociedade, praticamente sem
direitos civis ou políticos.
3.
CONCLUSÕES
Nota-se que por engano Colombo sob ordens dos reis
católicos, encontra a América, pensando ter encontrado a China, daí inicia-se o
processo de conquista e colonização e exploração dos indígenas que habitavam
estas terras, os espanhóis se valeram de antigas formas de exploração como a mita.
Percebe-se que houve uma hierarquização no sistema de administração que de
certo modo influenciou a vida em sociedade, no entanto na miscigenação o
indígena e os negros de certas áreas formavam a classe menos prestigiada.
REFERÊNCIAS
SANTIAGO,
Pedro. Por dentro da história. 1ªedição. São Paulo: Escala
educacional, 2006. p.311
JUNQUEIRA,
Lucas de Faria. História da América I:
Licenciatura em história. Salvador: UNEB/EAD, 2011. 74p.