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CULTURA
E OS CONFLITOS NA AMÉRICA PORTUGUESA.
Alan machado Borges
RESUMO
Este trabalho descreve a cultura e
os conflitos na América portuguesa demonstrando de modo sucinto, enfocando as
conjurações: mineira e baiana.
Palavras - chave: cultura e
conflitos.
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Cursista do curso de Licenciatura em História –
Universidade Estadual da Bahia – UNEB
5º semestre. E-mail: alanmachado1@yahoo.com.br
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1. INTRODUÇÃO
A cultura é algo peculiar unicamente dos seres humanos,
assim sendo desde seu surgimento o homem vem produzindo cultura. Porém
destacarei alguns pontos concernentes a cultura produzida nas terras
brasileiras: a arte das minas, a corte portuguesa no Brasil trás consigo
avanços culturais e estaremos analisando alguns dos muitos conflitos que
permearam a história América portuguesa.
2. DESENVOLVIMENTO
Artesãos e artistas das áreas de mineração criaram aquela
que é considerada à primeira escola artística da colônia, ligada ao barroco. Mesmo
o estilo sendo encontrado em outras partes da colônia como:Bahia, Pernambuco
e Rio de Janeiro, foi em Minas Gerais que adquiriu aspectos
peculiares.Existiam igrejas católicas, pinturas, esculturas e música neste
estilo artístico.Ainda que alguns pintores, construtores e músicos tenham
vindo de Portugal, como José Fernandes Pinto Alpim e Manuel Francisco Lisboa,
muitos nasceram na colônia e adaptaram a arte barroca às técnicas e materiais
aqui existentes.
Entre os principais artistas,
destaca-se Antônio Francisco Lisboa, conhecido como “aleijadinho”, foi
escultor e arquiteto, sua obra dispensa comentários. Manuel da Costa Athayde,
foi pintor, dourador, entalhador e professor de pintura e arquitetura. Os
músicos, por sua vez, chegaram a formar uma comunidade numerosa e
profissionalizada, estes produziam também suas próprias composições, executando
em festas, missas e saraus.
Com a chegada da corte portuguesa no
Rio de Janeiro em março de 1808, a cultura foi bastante estimulada, com a
criação do Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e
projetos de obras públicas, D. João criou a Imprensa Régia, inaugurou o
Observatório Astronômico e o Jardim Botânico, inaugurou a Biblioteca Real,
atual Biblioteca nacional. Durante o século XVIII, Portugal restringiu ao
máximo a presença de estrangeiros no território nacional, isso mudou em 1808
com a abertura dos portos ao comércio internacional.
O governo imperial incentivou
estudos de numerosos cientistas que vinham realizar viagens e expedições
científicas, sendo o objetivo principal conhecer a flora, a fauna, a
geologia, a geografia e a etnologia do território, tivemos ainda as missões
artísticas estrangeiras, sua função era desenvolver o ensino da arte no
Brasil.(Missão artística francesa e missão austríaca), dessa época estão as
obras que documentam a historiografia nacional de: Jean-Baptiste Debreth,
Nicolas – Antoine, Tomas Ender e os naturalistas Spix e Martius.
Dos conflitos na América portuguesa,
podemos destacar: a revolta de Beckman, a guerra dos emboabas, a guerra dos
mascates, a revolta de Felipe dos Santos, a revolta pernambucana, a
conjuração mineira e a conjuração baiana dentre outras.
Insatisfeitos com a coroa portuguesa,
os filhos dos mineradores que estudavam na Europa no século XVIII
influenciados pelas ideias iluministas tentaram criar um governo republicano
e liberal em Minas Gerais. Como consequência do movimento tivemos a suspensão
da derrama e prisão dos revoltosos, que tiveram o confisco de seus bens, além
da degredação para a áfrica, seu líder, que com a proclamação da república
passa de vilão à herói, Joaquim José da Silva Xavier, alferes (oficial de
baixa patente), conhecido como Tiradentes, o único membro do movimento de
baixa renda, foi condenado a morte na forca sendo esquartejado em seguida.
A conjuração baiana foi provocada
também devido a alta dos preços da alimentação para as camadas mais pobres,
que se revoltaram, as elites participaram da revolta até o momento em que a
mesma não incluía ideias mais radicais. Uma sociedade secreta denominada CAVALEIRA
DA LUZ divulgaram os propósitos revolucionários na Bahia, diferente da
conjuração mineira, o movimento baiano queria o fim da escravidão. É bom
lembrar que Salvador em alguns momentos a população cativa chegou a superar a
população livre; a maior parte dos revoltosos foi enforcada em praça pública.
3.
CONCLUSÕES
Conclui-se que embora o próprio
conceito de cultura seja abrangente, é fato que somente o homem é capaz de
produzi-la, na América portuguesa, nota-se que a arte barroca foi o estilo
que se destacou na região mineradora e que diversos artistas que vieram de
Portugal juntamente com outros naturais do Brasil desenvolveram esta arte, ou
a aperfeiçoaram, dando um modo particularmente brasileiro, com a vinda da
família real portuguesa para o Brasil ouve um incentivo à cultura em diversas
áreas. Diversos conflitos marcaram a história da América portuguesa, como
citamos e destacamos as conjurações: mineira e baiana.
REFERÊNCIAS
SANTIAGO,
Pedro. Por dentro da história. 1ªedição. São Paulo: Escala
educacional, 2006. p.311
BRAICK,
Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História
das cavernas ao terceiro milênio. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2006.
p.255
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