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UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA – UNEB
GABINETE DA REITORIA
GESTÃO DOS PROJETOS E
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
RESOLUÇÃO Nº 709/2009 –
DOE DE 21/07/2009
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Curso: Licenciatura em
História
Disciplina: Teoria da
História II
Professora Formadora: Laís
Viena
TP Adaury Marques TD Roselene Mesquita Semestre 03
Cursistas: Alan machado
Borges e Viviane Jesus Silva.
Polo: Santo Estevão Grupo: G27 Data: 08/01/2013
Atividade: Fichamento
BLOCH, Marc Leopold
Benjamin. Apologia da história ou o
oficio do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed. 2001.
(...) “Em primeiro
lugar, a história não seria mais entendida como uma "ciência passado"
uma vez que, segundo Bloch, "passado não é objeto de ciência". Ao
contrário, era no
jogo entre a importância do presente para a compreensão do
passado e vice-versa
que a partida era, de fato, jogada. Nessa formulação pretensamente simples
estava exposto o "método regressivo": temas do presente condicionam e
delimitam o retorno, possível, ao passado. Tal qual um "dom das
fadas" a história faria com que o passado retornasse, porém não de maneira
intocada e "pura". Por isso mesmo, Bloch preferia trocar os termos da
equação e provocar dizendo que, assim como a história não era a ciência do
passado, também não poderia ser definida como uma "ciência do homem".”
(...) p.07
(...) “A carreira de
Bloch, daí por diante, seria brilhante, mas breve e cortada pela guerra. Em
1931 publica um livro sobre a história rural francesa, onde sintetiza uma série
de questões sobre o tema, usando fontes também literárias. Nessa obra, o
historiador aplica seu método "regressivo" buscando ler a história ao
inverso e utilizando-se de temas do presente. Em 1939 é a vez de A sociedade
feudal, texto em que elabora outro grande painel sobre a história européia,
de 900 a 1300. De maneira direta, os estudos de Bloch, junto com os de Lucien
Febvre, convertiam-se em motes de ataque aos modelos mais empíricos, assim como
libelos de defesa de "um novo tipo de história", identificada no
grupo seleto dos Annales.” (...) p.10
(...) “Sabemos que o
grande historiador — co-mndador, em 1929, da revista Annales (então
intitulada Annales d'Histoire Économique et Sociale e atualmente Annales
Êconomxes, Sociétês, Ctvilisations), que havia sido obrigado a se esconder,
pois era judeu, sob o regime de Vichy — entrou em 1943 na rede
Franc-Tíreur de La Résistance em Lyon, tendo sido fuzilado pelos alemães
em 16 de junho de 1944 nos arredores desta cidade. Foi uma das vítimas
de Klaus Barbie.” (...) p.15
(...) “Irei me deter
um pouco na Introdução desse texto, pois ela enuncia algumas das idéias-força
da obra projetada. Como ponto de partida, Marc Bloch toma a interrogação de um
filho lhe perguntando para que serve a história. Essa confidencia não apenas
nos mostra um homem tanto pai de família como servo de sua obra, como nos
introduz ao cerne de uma de suas convicções: a obrigação de o historiador
difundir e explicar seus trabalhos. Ele deve, diz, "saber falar, no mesmo tom,
aos doutos e aos estudantes", e salienta que "simplicidade tão
apurada é privilégio de alguns raros eleitos". Nem que fosse por essa
única afirmação, essa obra permanece hoje em dia, quando o jargão também
invadiu tantos livros de história, de uma atualidade espantosa.” (...) p.17
(...) “Aqui aparecem
duas palavres-chave para compreender o temperamento de historiador de Marc
Bloch. "Mutilação": Bloch recusa uma história que mutilaria o homem
(a verdadeira história interessa-se pelo homem integral, com seu corpo, sua
sensibilidade, sua mentalidade, e não apenas suas idéias e atos) e que
mutilaria a própria história, esforço total para apreender o homem na sociedade
e no tempo. "Fome": a palavra já evoca a célebre frase inscrita desde
o primeiro capítulo do livro: "O bom historiador se parece com o ogro da
lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está sua caça." Marc Bloch é
um faminto, um faminto de história, um faminto de homens dentro da história. O
historiador deve ter apetite. £ um comedor de homens. Marc Bloch me faz pensar
naquele teólogo parisiense da segunda metade do século XII, por sua vez
devorador de livros, onde buscava também a vida e a história, Petrus Comestor,
Pedro o Comedor.”(...) p.20
(...) “Diz-se
comumente hoje em dia — sobretudo entre aqueles que não os apreciam — que Marc
Bloch e os Annales triunfaram e que sua concepção da história conquistou
a ciência histórica; mas este é um pretexto para relegar sua lição e seu exemplo
ao museu das antigüidades historiográficas. Essa afirmação errônea ou maliciosa
esconde duas verdades.” (...) p.32
INTRODUÇÃO
(...) "Papai,
então me explica para que serve a história." Assim um garoto, de quem gosto
muito, interrogava há poucos anos um pai historiador. Sobre o livro que se vai
ler, gostaria de poder dizer que é minha resposta. Pois não imagino, para um escritor,
elogio mais belo do que saber falar, no mesmo tom, aos doutos e aos escolares.
Mas simplicidade tão apurada é privilégio de alguns raros eleitos. Pelo menos
conservarei aqui de bom grado essa pergunta como epígrafe, pergunta de uma
criança cuja sede de saber eu talvez não tenha, naquele momento, conseguido satisfazer
muito bem. Alguns, provavelmente, julgarão sua formulação ingênua. Parece-me,
ao contrário, mais que pertinente.” (...)
p.42
(...) “Pois a
natureza de nosso entendimento o leva muito menos a querer saber do que a
querer compreender. Daí resulta que as únicas ciências autênticas são, para ele,
aquelas que conseguem estabelecer ligações explicativas entre os fenômenos. O Ora,
a polimatia pode muito bem passar por distração ou mania; tanto hoje quanto na
época de Malebranche, seria incapaz de representar uma das boas obras da
inteligência.” (...) p.45
(...) “Convém que
estas poucas palavras de introdução terminem com uma confissão pessoal. Toda
ciência, tomada isoladamente, não significa senão um fragmento do universal
movimento rumo ao conhecimento.” (...) p.50
CAPÍTULO I – A história, os
homens e o tempo
(...) “A palavra
história é uma palavra antiqüíssima: [tão antiga que às vezes nos cansamos dela.
Raramente, é verdade, chegou-se a querer riscá-la completamente do vocabulário.]”
(...) p. 51
(...) “Do caráter da
história como conhecimento dos homens decorre sua posição específica em relação
ao problema da expressão. Será uma "ciência"? ou uma "arte"?
Sobre isso nossas bisavós, por volta de 1800, gostavam de dissertar gravemente.
Mais tarde, por volta
dos anos 1890, banhados em uma atmosfera de
positivismo um pouco
rudimentar, pôde-se ver especialistas do método indignarem- se com que, nos trabalhos
históricos, o público desse importância, para eles excessiva, ao que eles
chamavam "forma".” (...) p.54
(...) “Em suma» nunca
se explica plenamente um fenômeno histórico fora do estudo de seu momento. Isso
é verdade para todas as etapas da evolução. Tanto daquela em que vivemos como
das o u t r a s 1 2 . 0 provérbio árabe disse antes de nós: "Os homens se
parecem mais com sua época do que com seus pais." Por não ter meditado
essa sabedoria oriental, o estudo do passado às vezes caiu em descrédito.”
(...) p. 60
(...) “Uma ciência,
entretanto, não se define apenas por seu objeto. Seus limites
podem ser fixados,
também, pela natureza própria de seus métodos. Resta portanto nos perguntarmos
se, segundo nos aproximemos ou afastemos do momento presente, as próprias
técnicas da investigação não deveriam ser tidas por essencialmente diferentes.
Isto é colocar o problema da observação histórica.” (...) p.68
CAPÍTULO II A observação
histórica
(...) “Um comandante
de exército, suponhamos, acaba de obter uma vitória. Imediatamente, começa, de
punho próprio, a escrever seu relato. Concebeu o plano de batalha. Dirigiu-a.
Graças à medíocre extensão do terreno [(pois, decididos a colocar todos os
ornatos em nosso jogo, imaginamos um confronto dos tempos antigos, concentrado
num espaço pequeno)], ele pôde ver a refrega quase toda se desenrolar sob seus
olhos.” (...) p. 69
(...) “Existem no
entanto outras eventualidades. Nos muros de certas cidadelas
sírias, erguidas
alguns milênios antes de Jesus Cristo, os arqueólogos descobriram, presas em
pleno entulho, [cerâmicas cheias de] esqueletos de crianças. Como não se
poderia razoavelmente supor que essas ossadas estivessem ali por acaso,
estamos, muito evidentemente, diante de restos de sacrifícios humanos,
realizados no próprio momento da construção e a ela ligados.” (...) p. 71
(...) “um
conhecimento através de vestígios. Quer se trate das ossadas
emparedadas nas
muralhas da Síria, de uma palavra cuja forma ou emprego
revele um costume, de
um relato escrito pela testemunha de uma cena antiga [ou recente], o que
entendemos efetivamente por documentos senão um "vestígio", quer
dizer, a marca, perceptível aos sentidos, deixada por um fenômeno em si mesmo
impossível de captar?”(...) p.73
(...) “Com efeito,
não nos deixemos enganar. Acontece, sem dúvida, de o questionário permanecer
puramente instintivo. Entretanto ele está ali. Sem que o trabalhador tenha
consciência disso, seus tópicos lhe são ditados pelas afirmações ou hesitações
que suas explicações anteriores inscreveram obscuramente em seu cérebro, através
da tradição, do senso comum, isto é, muito frequentemente, dos preconceitos
comuns.” (...) p.79
(...) “Que
historiador das religiões se contentaria em compilar tratados de
teologia ou
coletâneas de hinos? Ele sabe muito bem que as imagens pintadas ou esculpidas
nas paredes dos santuários, a disposição e o mobiliários dos túmulos têm tanto
a lhe dizer sobre as crenças e as sensibilidades mortas quanto muitos
escritos.” (...) p.80
CAPÍTULO III A crítica
(...) "Com
tinta, qualquer um pode escrever qualquer coisa", exclamava, no século XI,
um fidalgo provinciano loreno, em processo contra monges que armavam-se de
provas documentais contra ele.” (...) p. 89
(...) “[Do mesmo modo
a crítica de simples bom senso, que por muito tempo foi a única praticada, e a
qual às vezes seduz certos espíritos, não podia ir muito longe. O que é com
efeito, o mais das vezes, esse pretenso bom senso? Nada mais que um composto de
postulados disparatados e de experiências precipitadamente generalizadas. Trata-se
do mundo físico?”(...) p.90
(...) “Por muito
tempo as técnicas da crítica foram praticadas, pelo menos de maneira assídua,
quase que exclusivamente por um punhado de eruditos, exegetas e curiosos.”
(...) p. 93
(...) “Os documentos
manejados pelos primeiros eruditos eram, no mais das vezes, escritos que se
apresentavam por si só ou que eram apresentados, tradicionalmente, como de um
autor ou época dados; que contavam deliberadamente estes ou aqueles
acontecimentos. Diziam a verdade? Os livros qualificados de
"mosaicos" são realmente de Moisés?”(...) p. 95
(...) “Ora, a
história conheceu mais de uma sociedade regida, em grande parte, por condições
análogas; com a diferença de que, em lugar de ser o efeito passageiro de uma
crise toda excepcional, elas ali representariam a trama normal da vida. Ali também,
a transmissão oral era praticamente a única eficaz.” (...) p. 108
(...) “Assim, a
crítica move-se entre esses dois extremos: a similitude que justifica e a que
desacredita. Isso porque o acaso dos encontros tem seus limites e o concerto social
é feito de malhas, afinal, bem frouxas.” (...) p. 112
(...) “Ao ler,
escreve em substância o padre Delahaye, que a Igreja celebra, no
mesmo dia, a festa de
dois de seus servos mortos, ambos na Itália; que a conversão dos dois foi
resultado da leitura da vida dos santos; que fundaram cada um uma ordem
religiosa, sob o mesmo vocábulo; que essas duas ordens, enfim, foram suprimidas
por dois papas homônimos, não há ninguém que não fique tentado a exclamar que
um único indivíduo, duplicado por engano, foi inscrito no martirológio sob dois
nomes distintos.” (...) p.116
(...) “Constantemente
levada a guiar-se pelas referências dos outros, a ação é tão interessada quanto
a investigação em verificar sua exatidão. Não dispõe, para isso, de meios
diferentes.” (...) p. 124
CAPÍTULO IV – A análise
histórica
(...) “Existem duas
maneiras de ser imparcial: a do cientista e a do juiz. Elas têm uma raiz comum,
que é a honesta submissão à verdade. O cientista registra, ou melhor, provoca o
experimento que, talvez, inverterá suas mais caras teorias.
Qualquer que seja o
voto secreto de seu coração, o bom juiz interroga as testemunhas sem outra
preocupação senão conhecer os fatos, tais como se deram. Tratase, dos dois
lados, de uma obrigação de consciência que não se discute.” (...) p.125
(...) “Compreender,
no entanto, nada tem de uma atitude de passividade. Para fazer uma ciência,
será sempre preciso duas coisas: uma realidade, mas também um homem. A
realidade humana, como a do mundo físico, é enorme e variegada. Uma simples
fotografia, supondo mesmo que a idéia dessa reprodução mecanicamente integral
tivesse um sentido, seria ilegível. Dirão que, entre o que foi e nós, os documentos
já interpõem um primeiro filtro? Sem dúvida, eliminam, freqüentemente a torto e
a direito. Quase nunca, em contrapartida, organizam de acordo com as exigências
de um entendimento que quer conhecer. Assim como todo cientista, como todo
cérebro que, simplesmente, percebe, o historiador escolhe e
tria.” (...) p.128
(...) “O pior é que
esses próprios empréstimos carecem de unidade. Os documentos tendem a impor sua
nomenclatura; o historiador, se os escuta, escreve sob o ditado de uma época
cada vez diferente. Mas pensa, por outro lado, naturalmente segundo as
categorias de sua própria época; por conseguinte, com as palavras desta: quando
falamos de patrícios, um contemporâneo do velho Catão nos teria compreendido; o
autor, em contrapartida, que evoca o papel da "burguesia" nas crises do
Império Romano, como traduziria em latim o nome e a idéia? Assim, duas orientações
distintas compartilham, quase necessariamente, a linguagem da história. Examinemos
uma de cada vez.”(...) p.136
(...) “Para resumir,
o vocabulário dos documentos não é, a seu modo, nada mais que um testemunho:
precioso, sem dúvida, entre todos; mas, como todos os testemunhos, imperfeito;
portanto, sujeito à crítica. Cada termo importante, cada figura de estilo característica,
torna-se um verdadeiro instrumento de conhecimento, bastando ser confrontado
uma única vez com seu ambiente; recolocado no Uso da época, do meio ou do
autor; protegido, sobretudo, quando sobreviveu por muito tempo contra o perigo,
sempre presente, do contrassenso por anacronismo.
A unção real, no
século XII, era naturalmente tratada como sacramento; afirmação certamente
repleta de significação, apesar de desprovida, naquela data, do valor singularmente
mais forte que lhe atribuiria, atualmente, uma teologia rígida em suas
definições e, portanto, em seu léxico. O advento do nome é sempre um grande
fato, mesmo se a coisa o havia precedido; pois marca a etapa decisiva da tomada
de consciência.” (...) p.142
(...) “Na medida em
que nos limitamos a estudar, no tempo, cadeias de fenômenos aparentados, o
problema é, em suma, simples. É a esses próprios fenômenos que convém solicitar
seus próprios períodos. Uma história religiosa do reino de Filipe Augusto? Uma
história econômica do reino de Luís XV? Por que não: "Diário do que
aconteceu, em meu laboratório, sob a segunda presidência de Grévy", por Louis
Pasteur? Ou, inversamente, "História diplomática da Europa, de Newton a Einstein"?”
(...) p.150
(...) “O tempo humano,
em resumo, permanecerá sempre rebelde tanto à implacável uniformidade como ao
seccionamento rígido do tempo do relógio. Faltam-lhe medidas adequadas à
variabilidade de seu ritmo e que, como limites, aceitem frequentemente, porque
a realidade assim o quer, conhecer apenas zonas marginais. É apenas ao preço
dessa plasticidade que a história pode esperar adaptar, segundo as palavras de Bérgson,
suas classificações às "próprias linhas do real": o que é
propriamente a finalidade última de toda ciência.” (...) p.153
CAPÍTULO V
(...) “Em vão o
positivismo pretendeu eliminar da ciência a ideia de causa. Querendo ou não,
todo físico, todo biólogo pensa através de "por quê?" e de
"porque". Os historiadores não podem escapar a essa lei comum do
espírito. Alguns, como Michelet, encadeiam tudo num grande "movimento
vital" em lugar de explicar de forma lógica; outros exibem seu aparelho de
induções e de hipóteses; em todos o vínculo genético está presente. Porém, do
fato de o estabelecimento das relações de causa-e-efeito constituir assim uma
necessidade instintiva de nosso entendimento não se segue que sua investigação
possa ser relegada ao instinto. Se a metafísica da causalidade está aqui fora
de nosso horizonte, o emprego da relação causai, como ferramenta do conhecimento
histórico, exige incontestavelmente uma tomada de consciência crítica.”(...)
p.155
(...) “Ninguém
poderia duvidar de que reside, nessa discriminação, um princípio
fecundo de pesquisa.
Para que insistir2 em antecedentes quase universais? Eles são comuns a muitos
fenômenos para merecer figurar na genealogia de um deles em particular.”(...)
p.156
(...) “Que curiosa
antinomia, aliás, nas atitudes sucessivas de tantos historiadores! Trata-se de
se assegurar que um ato humano aconteceu realmente? Eles não poderiam colocar
tantos escrúpulos nessa investigação”(...) p.158
(...) “O erro, no
fundo, é análogo àquele em que se inspirava o determinismo
geográfico, hoje
definitivamente arruinado. Seja na presença de um fenômeno do mundo físico ou
de um fato social, as reações humanas nada têm de um movimento de relojoaria,
sempre engrenado no mesmo sentido. O deserto, seja lá o que diga Renan, não é
necessariamente "monoteísta", porque nem todos os povos que o habitam
carregam a mesma alma a seus espetáculos” (...) p. 158
(...) “Não nos
enganemos, no entanto: o erro não está, em semelhante caso, na
própria explicação:
reside inteiramente em seu apriorismo. Embora os exemplos, até aqui, não
pareçam muito freqüentes, é possível que, em determinadas condições sociais, a
divisão dos recursos hídricos decida, antes de qualquer outra causa, sobre o
hábitat; o que é certo é que não decide necessariamente.” (...) p.159
(...) “Pois, a partir
do momento em que uma reação da inteligência ou da sensibilidade não for natural,
ela exige, por sua vez, caso se produza, que nos esforcemos por descobrir suas
razões. Resumindo tudo, as causas, em história como em outros domínios, não são
postuladas. São buscadas.”
P.159
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